sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

UM INIMIGO DA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO SEGURO: O ARGUMENTO DA IGNORÂNCIA

Olá caros leitores!

Em nossas aulas de Filosofia, um alerta que constantemente é dado diz respeito  aos cuidados e às dificuldades que temos no processo de construção do conhecimento seguro. 
O processo de construção de conhecimento é um processo lento,  trabalhoso, angustiante. Revela o quanto não sabemos sobre o mundo e o quanto nossa capacidade de conhecer é limitada. 
O filósofo Sócrates comparava o processo de construção do conhecimento com a gestação de uma criança. Apesar de toda beleza e poesia contida na observação da gravidez, qualquer mãe ou gestante sabe que não é um momento agradável, fisicamente. O processo de construção de conhecimento seguro também pode não ser agradável: pede trabalho árduo de investigação, de confronto de ideias, a verificação da validade dos argumento postos. Enfim, tanto na geração de uma vida humana quanto na produção de um conhecimento válido, o sujeito sofre.
Mas como nos lembrou o Pietro, do 1º ano B: O RESULTADO É MUITO BOM!
Sem dúvida! A chegada de um bebê ao mundo, após aqueles meses de desgaste para a mãe (e para o pai, resguardadas  as devidas proporções!), é um momento de alegria, que nos faz esquecer das dificuldades do período gestacional. Já para Sócrates, "parir" o conhecimento, após um longo processo de discussão, investigação e trabalho árduo, é muito gratificante.
Entretanto, nós temos a tendência à precipitação. Reparem no termo: é um derivado de precipício!
Ora, normalmente quando somos convidados a discutir ou pensar sobre algo um pouco mais complexo, "nos atiramos no precipício" das informações fáceis, superficiais e prontas, recorrendo às opiniões dos outros, que detêm algum tipo de poder. Produzimos então o famigerado e  perigoso senso comum. O resultado de atirar-se tanto para o fundo  de um penhasco quanto para a escuridão do conhecimento superficial só pode ser trágico. No primeiro caso, danos físicos ou até a morte. No segundo, os danos são em relação à formação do sujeito, que, ao invés de tornar-se um produtor autônomo do saber, submete-se ao discurso do outro,  que o domina. Chamarei  de morte intelectual, para acentuar a analogia.
Para ilustrar essa discussão, deixo aqui o acesso para um vídeo muito interessante. Trata-se de um trecho de uma palestra realizada pelo ilustre astrofísico Prof. Dr. Neil deGgrasse Tyson, diretor do Planetário Hayden no Museu Americano de História Natural em Nova York. 
É feita uma pergunta na plateia: "o senhor acredita em OVNI?".

Vejam aqui 


a maneira brilhante e divertida com que o Prof. Tyson discute, na verdade, um grande obstáculo para a produção do conhecimento: o argumento da ignorância.

Um grande abraço a todos e ótimas reflexões!

Prof. Sebá



domingo, 7 de agosto de 2011

A OBRA DE MIA COUTO - REFLEXÕES

Olá prezados leitores!
É com grande prazer e honra que recebemos, no dia 4 de agosto, o autor Mia Couto em nosso Colégio.
Importante etapa de um projeto que nasceu de uma possibilidade (a vinda do autor) e foi se construindo e se fortalecendo graças ao trabalho dos alunos, dos professores do Ensino Fundamental e Médio, das Coordenações, da Direção e principalmente da Rosa (nossa bibliotecária).
Bem, foram feitas as leituras das obras "Terra Sonâmbula" pelas turmas do Ensino Médio, "O gato e o escuro" e "O dia em que explodiu Mabata-bata" pelos oitavos anos do Ensino Fundamental.
As discussões foram realizadas em diversas aulas, entre os alunos, entre alunos e professores e entre professores e professores.
O resultado: reflexões e aprendizados sobre diversos temas: a cultura moçambicana, o mundo banto tradicional, a diversidade resultante do encontro de culturas. Temas ainda de caráter universal, que atingem nosso intelecto e nossa emocão, como a guerra e a infância juntas, os sonhos (perdidos e construídos), a esperança e a falta dela, os medos e a eterna busca da felicidade pelo homem. A construção da escrita, o trabalho do escritor, suas angústias e seus prazeres enquanto tal nos foram relatados por Mia Couto de forma emocionante.
Assim, este espaço surge para o compartilhamento do aprendizado que se constroi através deste projeto.
Longe de terminar aqui, espero que juntos realizemos o desdobramento do projeto. Compartilhando ideias criaremos o estopim para novas realizações.
Sintam-se convidados a deixar suas reflexões.
Um grande abraço a todos!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

FILOSOFIA E ARTE: A OBRA DE ESCHER

Maurits Cornelis Escher (1898-1972), artista plástico holandês, produziu trabalhos em que olhar é desafiado. Assim, nossa certeza de que aquilo que vemos é real é colocada à prova.
Observe estas imagens, que falam por si só:

Céu e água - 1938

Relatividade - 1953

Desenhando Mãos - 1948

Encontro - 1944

Quais as relações possíveis entre essas imagens e a atitude filosófica diante da realidade?
Qual a relação destas imagens e o filme Matrix?
O que você tem a dizer sobre os nossos sentidos e a realidade?

Caros leitores, deixo essas questões para nossas conversas posteriores.
E enquanto vocês refletem, assistam ao vídeo da dupla francesa de música eletrônica - Daft Punk - em que Escher é homenageado pela sua obra Encontro.


Ótimas reflexões!

terça-feira, 15 de março de 2011

A VIDA EXAMINADA - UMA ATITUDE CORAJOSA

Olá prezado leitor!

Explicar a filosofia em poucas palavras é uma tarefa difícil. Difícil porque exige do interlocutor uma disposição corajosa diante da realidade: a coragem da dúvida.
Como assim? Ter dúvida é ter coragem? E ter certezas, o que é?
Te convido a pensar nessas questões. E para te ajudar, te dou o maior exemplo de todos no mundo da filosofia.
Aprecie o vídeo "A vida examinada" e reflita sobre a coragem que o filósofo grego Sócrates praticou e nos deixou como legado.



Por favor, assista ao vídeo no Youtube (clique no logotipo), pois assim você terá acesso às partes 2 e 3.